segunda-feira, 12 de maio de 2014

Escala geológica do tempo

   A partir da geocronologia foi possível estabelecer uma sucessão de eventos desde o presente ate a formação da Terra, chamada escala de tempo geológica. Essa linha do tempo pode ser dividida em éons, eras, períodos, épocas e idades. O maior período do tempo, o éon refere-se à vida.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAAfFF0AL/trabalho-geologia-eras-geologicas

Idade - Milhões de anos atrás.
Hadeano – época de formação da terra, elementos construindo a terra em temperaturas muito altas.
Os acontecimentos que resultaram na atual conformação dos continentes e oceanos e nas formas de relevo não ocorrem no mesmo ritmo que os acontecimentos da vida de uma pessoa.
Durante o período de uma vida humana e impossível notarmos modificações que levam milhares de anos para se concluir, por exemplo, o desgaste de uma montanha. Os processos geológicos ocorrem ao longo de milhões de anos, ou mesmo bilhões. Por isso, a duração desses processos e conhecida como tempo profundo. Nessa escala de tempo, os anos as décadas e ate mesmo os séculos representam apenas alguns breves instantes.
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Éon Arqueano – consolidou-se a crosta terrestre. O planeta cedeu calor e o vapor de água, ou seja, teve inicio a chuva, também se formou um oceano muito quente e formação de vidas unicelulares.
Èon Proterozoico – foi o mais longo de todos, foi quando o magma esfriou consolidando as rochas e blocos continentais e o surgimento de organismos multicelulares porem nos oceanos ( algas e bactérias).
Éon Fanerozoico – A vida começou a diversificar, ou seja, surgem os peixes, corais, moluscos, plantas, repteis, insetos e anfíbios. Há também mudanças de temperatura o que causa também extinção de muitas espécies.
Éon Carbonifero – os continentes formavam uma única e gigantesca massa continental conhecida como Pangeia. Pântanos e florestas de samambaias e coníferas são formadas e destruídas, o que acabou se formando o carvão.
Éon Mesozoico – se desenvolve os grandes répteis, aves e plantas com flores (angiospermas).
Éon Cenozoica – os grandes continentes se fragmentam, grandes cadeias de montanhas surgem devido à separação dos continentes. E as espécies isoladas das demais se diversificam, no que se formam os mamíferos e os seres humanos.  


Teoria da deriva continental


   A observação de mapas do século XVI, mesmo contando com muitas imprecisões, levou o cartógrafo Ortelius a pensar que os continentes estiveram unidos em algum tempo no passado. A única evidencia que ele tinha era a similaridade de formas das costas litorâneas dos continentes americano e africano, que parecem se encaixar.
   Essas ideias foram retomadas por Alfred Wegener, que em 1912 formou a teoria da deriva continental. Segundo Wegener, teria existido uma única massa continental, a Pangeia, que se dividiu e separou.Outras evidências apresentadas por Wegener incluíam a presença de estruturas geológicas de clima frio em lugares onde atualmente predominam climas quentes, a coincidência dos tipos de rochas presentes na costa sul-americana e africana (nos locais de possível encaixe) e as semelhanças de fósseis nesses lugares.
   Outros geólogos completaram a teoria da deriva continental, propondo que a Pangeia teria se separado em unidades menores.
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   Supõe-se que 65 milhões de anos atrás (inicio do terciário) a America do Sul se separou da África, surgindo o oceano Atlântico, o continente indiano se deslocou em direção a Ásia, a America do Norte se separou da Europa, e a Austrália e a Antártida se separaram depois.
    Nesse lento processo, alguns continentes se chocaram e suas bordas foram comprimidas, formando grandes cadeias de montanhas.
   Quando Wegener formulou sua teoria, imaginou que as massas continentais tivessem se arrastado sobre o assoalho oceânico, porém, conseguiu explicar o mecanismo responsável pela separação dos continentes.

   Foi somente a partir da segunda década do século XX que novas tecnologias permitiram o conhecimento do assoalho submarino. Novas evidências puderam então explicar a deriva continental, ideia que foi retomada e passou a fazer parte de novas teorias.

Teoria das placas tectônicas

   O fundo dos oceanos, os quais cobrem 75% da superfície terrestre, apresenta planícies, profundas fossas e cordilheiras submersas conhecidas como dorsais submarinas (cujos picos mais altos formam ilhas). O conhecimento do assoalho marítimo só se tornou possível a partir da utilização da propagação do som para detectar essas formas de relevo.
Foi principalmente durante as duas guerras do século XX que a sondagem acústica se aperfeiçoou, com a finalidade de detectar submarinos inimigos. Com a utilização do aparelho conhecido como sonar, essa técnica possibilita determinar profundidades medindo-se o tempo decorrido entre a emissão de um pulso sonoro e a recepção do eco – som refletido pelo fundo submerso. O sonar multi – feixe e mais aperfeiçoado pode reconhecer a topologia da zona sondada e obter informações de materiais duro e sua extensão.
   A teoria das placas tectônicas é que a litosfera (formada pela crosta e pela parte superior do manto) é formada por algumas  placas que se mexem sobre uma camada que é fundida numa parte superior do manto terrestre chamada de astenosfera. Essas placas podem se separar, se chocar ou deslizar ao longo de outras. Já no oceano a separação das placas na crosta oceânica se chama os rifts e os dorsais são formações de cadeias montanhosas submersas.
   Quando as rochas derretem são empurradas para a superfície e se solidificam o que causa a expansão do assoalho marinho ou formação de cadeias oceânicas. E quando se mexe em direção a outra é chamada de subducção (pode dar origem as fossas, ilhas vulcânicas e intensas atividades sísmicas).
   Quando o magma superaquecido sai das camadas mais profundas  e para na camada superficial são chamados de hot spots (pontos quentes) onde há atividades vulcânicas. A atividade vulcânica pode formar ilhas nos oceanos ou montanhas. 

   As áreas vulcânicas e de terremotos coincidem com as áreas de falhas geológicas. Nas áreas de grande instabilidade geológica localizam-se as dorsais submarinas e altas cadeias de montanhas. 
http://geoblogendogenos.blogspot.com.br/2010/09/tectonia-das-placas-e-os-vulcoes.html


Estrutura Interna da Terra

   A terra é formada por quatro camadas. Cada uma dessas camadas e estudada de acordo com sua constituição química e conforme o seu comportamento físico.

   Composição Química

Crosta terrestre: corresponde à fina camada da superfície terrestre, é composta por rochas sólidas constituídas por oxigênio, silício, alumínio, magnésio e ferro, essa parte do planeta possui 40 Km de espessura
.
Manto: compreende a segunda camada, possui 2.900 Km de extensão e conserva uma temperatura elevada que atinge 3.400ºC. O minério responsável pela formação dessa camada da Terra é o magma, constituído por silício e magnésio.

Núcleo: O que se sabe dessa camada é que ela e formada por minérios como ferro e níquel. O núcleo se divide em duas partes

  •  Núcleo Interno - Tem extensão de 2.250 km e temperatura de 3.00ºC, e solido, possui apenas 1,7% da massa da terra e, provavelmente, e composto de níquel e ferro.
  • Núcleo Externo – Tem extensão de 1.220 km e uma temperatura de aproximadamente 6.000ºC, e liquido, constituído de material bastante denso, composto essencialmente  de uma liga de ferro e provavelmente silício e enxofre.


   Comportamento Físico:

Litosfera - E uma camada que se encontra entre a crosta e a parte do manto superior, possui textura sólida e se move sobre a astenosfera.

Mesosfera - possui uma grande espessura e é bastante densa, superior às rochas superficiais.


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Origem do vulcanismo na Islândia e Hawaí

   Se originam de fissuras na crosta terrestre que permitem que o magma sob condições altíssimas de calor e pressão, chegue a superfície da terra, emitindo fumaça, cinza e lavas.Os vulcões estão ligados as regiões de falhas geológicas nos encontros de placas tectônicas (Pontos Quentes).
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Origem dos Tsunamis

    A origem dos tsunamis esta nos movimentos tectônicos da crosta terrestre, causados por  forças endógenas,(forças do interior do planeta) , que resultam deslocamentos do solo abaixo dos oceanos(terremotos), logo deslocando colunas de água que se deslocam em direção ao litoral, tendem a aumentar o tamanho ao se aproximar do litoral, em virtude da redução da profundidade.
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Formação da Rochas Magmáticas, Metamórficas e Sedimentares.

   As primeiras rochas surgiram após a formação e resfriamento da terra. Elas se constituem em agregados naturais de um ou mais minerais. Os minerais são compostos de elementos químicos, alguns podem ser encontrados na natureza em estado puro, mas em geral eles se combinam formando os minerais. Com a grande diversidade de minerais, as diversas combinações e agrupamentos dão origem a uma grande variedade de rochas.
   Elas são classificadas de acordo com sua origem como magmáticas, sedimentares e metamórficas.

Rochas Magmáticas

   As magmáticas, também chamadas de ígneas, são formadas pelo resfriamento e solidificação do magma pastoso, que ainda existe no interior da terra, como comprovam as erupções vulcânicas. A solidificação do magma ocorre de duas maneiras: na superfície e no interior de Terra.
   O magma que chega à superfície e sofre rápido resfriamento permite que se formem grandes cristais na sua composição. Recebem o nome de rochas magmáticas vulcânicas ou extrusivas. Um exemplo mais comum desse tipo de rocha é o basalto, utilizado como paralelepípedo para o calçamento de ruas.
   O resfriamento no interior da terra formam as rochas magmáticas plutônicas ou intrusivas. Nesse caso o resfriamento do magma é lento, permitindo a formação de grandes cristais, visíveis a olho nu. São também chamadas de rochas cristalinas. Um exemplo é o granito, que polido é usado no revestimento de pisos, paredes e tampo de pia de cozinhas e de banheiros.
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Rochas Sedimentares

   As sedimentares resultam da deposição de detritos de outras rochas ou de matérias orgânicas em depressões do relevo terrestre. A ação das chuvas, dos ventos, dos rios, mares e geleiras sobre o relevo, desgasta as rochas da superfície terrestre, formando detritos que são transportados para as partes mais baixas do relevo, dos mares, lagos e rios. No processo de formação das rochas sedimentares, os detritos se acumulam, se consolidam em camadas de estratos.. São exemplo de rochas sedimentares: o arenito, a argila e o carvão mineral.
   Segundo texto publicado no site www.infoescola.com.br, a importância econômica das rochas sedimentares é muito importante. Elas são utilizadas na construção civil. São as fontes de petróleo e hidrocarbonetos, de importância capital para a economia atual.
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Rochas Metamórficas


   As rochas metamórficas têm sua origem na transformação de outras rochas (magmáticas e sedimentares), quando submetidas a certas condições de umidade, calor e pressão no interior da Terra. O alinhamento dos cristais da a essas rochas uma nova característica de orientação de camadas. São exemplo de rochas metamórficas o mármore, o quartzito e o gnaisse. O mármore origina-se da metamorfose do calcário, que é uma rocha sedimentar orgânica. O quartzito e proveniente do arenito ( rocha formada de grãos de areia. Os grãos de areia são aglutinados por alguma substância, geralmente sílica, argila ou carbonato de cálcio). O gnaisse e proveniente do granito ( rocha cristalina formada de uma mistura heterogênea de quartzo, feldspato e biotita. - Resulta da consolidação de um magma rico em sílica, provindo, às vezes, de recentes metamorfoses de rochas sedimentares.)
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Fossas Abissais

  As fossas abissais que tem origem tectônica são grandes fendas originadas pelo choque de duas placas tectônicas, uma delas, a de maior densidade penetra em baixo da outra de menor densidade. Chegam a atingir 7450 e 11022 metros de profundidade, como e o caso das fossas de Java e das Marianas respectivamente. Nessas regiões a luz do sol não chega, ou seja, há a ausência absoluta de luz, e uma pressão atmosférica muito elevada, sendo impossível a permanência inclusive da grande maioria dos animais marinhos. Também pela ausência de luz, são chamadas de zonas “negras,” a vegetação é quase inexistente, as temperaturas são muito baixas e as formas de vida que existem nessas regiões são exclusivas e adaptadas a essas condições.Elas são as fossas oceânicas mais profundas e ficam situadas na zona hadal ( ecossistema das fossas abissais, com mais de 6.000 m de profundidade). Trata-se da camada mais inferior da zona pelágica ( região oceânica onde vivem normalmente seres vivos que não dependem dos fundos marinhos), abaixo da zona abissal. É o domínio dos seres abissais.


  O ambiente dessas fossas parece um tanto macabro. Elas são habitadas, principalmente, por seres necrófagos que se alimentam de uma chuva constante de restos de seres vivos, detritos orgânicos e cadáveres que se depositam no fundo. Também se incluem entre os habitantes das fossas abissais esponjas, anêmonas, peixes-cegos, alguns com filamentos fluorescentes que podem atrair potenciais presas.
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